segunda-feira, 18 de agosto de 2025

2015... decisões!

O caminho para o fórum foi mais tranquilo, lógico, com o coração na mão por ter que deixá-lo, mas com a certeza de que não seria por muito tempo.

No fórum confirmei com a Sandra de que ele era meu filho e que nada e faria mudar de ideia. Só precisava saber os próximos passos. Feita toda a burocracia... levei um balde de água fria... não poderia pegar meu filho no mesmo dia, pois os documentos precisavam ser assinados pelo juiz, que já não estava mais no gabinete.

No dia seguinte era feriado aqui em Santos, depois era final de semana, na segunda-feira também era feriado(02 de outubro), eu só poderia pegar meu filho no dia 03... que sofrimento... mas não tinha mais nada a fazer.

Meu Pai já tinha ido embora, voltei correndo para a empresa... só orava para que o meu chefe não tivesse ido embora, pois tinha que falar com ele e explicar toda a situação...


Subi correndo, encontrei um colega e só perguntei se o chefe ainda estava na sala, e para a minha sorte ele estava. Fui até a porta, respirei fundo e entrei. A primeira coisa que eu disse foi: “não sei nem como começo a falar!”. Fui contando de forma resumida sobre o processo, e terminei falando que agora eu era Mãe. Mostrei a foto que tinha tirado, e o body baby que eu tinha nas mãos(a moça da Família Acolhedora me deu um body baby que ele usava quando chegou para ela, para mostrar o quanto ele era pequeno, eu fiquei o tempo todo com o body baby nas mãos, sentindo o cheirinho dele).

Ele me perguntou o que eu havia decidido, e foi engraçado, pois não foi difícil responder. Eu falei que não iria sair de Licença Maternidade, sabia o momento da empresa, e a importância do meu cargo, não seria justo com alguém que sempre foi legal comigo, eu simplesmente virar as costas. Ele me questionou se eu tinha certeza, pois era o meu direito, mas eu estava super certa!

Só pedi uma flexibilidade no meu horário, para poder ficar mais tempo com ele, principalmente nos primeiros meses. Ele foi super a favor, e pediu para que eu conversasse com o Fabiano(o outro chefe) e combinasse tudo, que para ele estava tudo certo.

Eu estava nas nuvens, mas ao mesmo tempo estava meio decepcionada... não poder levar meu filho para casa foi tenso... mas como disse... não tinha muito o que fazer!


Harumi Kawakubo