quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Amor nunca é demais...

Hoje li um texto muito lindo.
Resolvi colocar aqui, pois é algo que acontece com frequência... estranho tentando dar palpite na nossa vida... querendo ensinar como cuidar de nossos filhos, entre outros assuntos que só dizem respeito a própria pessoa...



"Um dia, na loja Target, uma mulher disse a Kelly Dirkes, que ela “mimava” seus filhos por demais. A mãe ficou de saco cheio. A mãe vivia ouvindo estranhos e amigos dizendo isso. Aí, ela resolveu escrever um texto no Facebook, contando sua história.

“Querida mulher na Target,

Eu já ouvi isso antes, sabia. Que eu “mimo essa criança”. Você está convencida de que ela nunca aprenderá a ser independente. Eu sorri pra você, beijei a cabeça dela e continuei minhas compras.
Se você soubesse o que eu sei.
Se você soubesse como ele passou os primeiros dez meses de sua vida totalmente sozinha dentro de um berço de metal estéril, com nada para lhe dar conforto além de chupar o dedo.
Se você soubesse como o rosto dela estava quando quem cuidava dela no orfanato a entregou a mim, para que eu pudesse mimá-la pela primeira vez – um momento fugaz de serenidade misturado com puro terror. Ninguém nunca a havia segurado daquele jeito antes e ela não tinha a menor ideia de como agir.
Se você soubesse que ela deitava em seu berço depois de andar e nunca chorava porque, até aquele momento, ninguém nunca lhe respondia.
Se você soubesse que ansiedade era algo comum em seu dia, junto com bater sua cabeça na grade de seu berço e se balançar para entendimento sensorial e conforto.
Se você soubesse que aquele bebê no carrinho é tristemente independente – e como nós vamos passar minutos, horas, dias, semanas, meses e anos tentando reverter esta parte de seu cérebro que grita “trauma” e “insegurança”.
Se você soubesse o que eu sei.
Se você soubesse que aquele bebê agora choraminga quando é colocada no chão, não quando é pega no colo.
Se você soubesse que aquele bebê “canta” a todo volume de manhã, depois de sua soneca, porque ela sabe que isso trará alguém para tirá-la do berço e trocar sua fralda.
Se você soubesse que aquele bebê se balança até dormir nos braços de sua mamãe ou do seu papai, ao invés de se balançar sozinha.
Se você soubesse que aquele bebê fez todo mundo chorar no dia que ela pediu carinho, totalmente espontaneamente.
Se você soubesse o que eu sei.
“Mimar essa criança” é o trabalho mais importante que eu sempre terei e é um privilégio. Eu a irei carregar por mais algum tempo, ou por quanto tempo ela quiser, porque ela está aprendendo que ela está a salvo. Que ela faz parte. Que ela é amada.
Se você soubesse…”


Aqui está o Facebook dessa mãe tão especial: Kelly Dirkes

Harumi Kawakubo

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Coração de Mãe...

Nos meus muitos passeios pela internet, em busca de bons blogs que falam sobre adoção, encontrei um blog chamado "Minhas Duas mães"(http://minhasduasmamaes.blogspot.com/).

Tinha um texto lindo sobre é que é ser mãe... então vou dividir esse texto com todos. ^-^

 "Mãe lê pensamento, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de choro, de gripe, de medo; entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implica com amigos, namorados, escolhas. Mãe dá a roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção. Mãe dá um jeito, dá nó, dá bronca, dá força. Mãe cura cólica, porre, tristeza, pânico noturno, medos. Espanta monstros, pesadelos,... bactérias, mosquitos, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: Mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tece lembranças. Mãe é arquivo!
Mãe exagera, exaure, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende. Ama, desmama desarma, denota, manda, desmanda, desanda, demanda. Rumina o passado, remói dores, dá o troco, adora uma cobrança e um perdão lacrimoso.
Mãe abriga, afaga, alisa, lambe, conhece as batidas do nosso coração, o toque dos nossos dedos, as cores do nosso olhar e ouve música quando a gente ri. Mãe tem coração de mãe!
Mãe é pedra no caminho, é rumo; é pedra no sapato, é rocha; é drama mexicano, tragédia grega e comédia italiana; é o maior dos clássicos; é colo, cadeira de balanço e divã de terapeuta... Mãe é madona-mia! É deus-me-acuda; é graças-a-deus; é mãezinha-do-céu, é mãe é minha- e- eu- mato -quando- quiser; é a que padece no paraíso enquanto nos inferniza... Mãe é absurda e inexoravelmente para sempre e é uma só: não há Mistério maior! Só cabe uma mãe (ou duas!) na vida de um filho(a)... e olhe lá! Às vezes, nem cabe inteira. Mãe é imensurável! Te amo mãe! Te amo filha!



Um grande beijo para todos.

Harumi Kawakubo

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A ADOÇÃO NÃO É UMA IMITAÇÃO DA BIOLOGIA

Há alguns dias a Beth postou um texto muito bonito e quero dividir com vocês.


A ADOÇÃO NÃO É UMA IMITAÇÃO DA BIOLOGIA.
Desde os romanos, passando pelo Código de Napoleão que influenciou os sistemas legais de diferentes países, afirmava-se que a adoção de uma criança deveria “imitar a natureza”.
Não acho adequado encarar a adoção dessa maneira e não gosto do termo “família substituta” para a família que constitui-se pela adoção. Entendo que, muitas vezes, as famílias que adotam querem imergir nos conceitos da biologia como se ela fosse a verdade mais forte da filiação.
Assim, falam que o filho foi criado no coração e não no ventre e sentem-se mais seguros quando existe algum traço de parecença física com o seu filho.
Mas o ser humano é essencialmente um ser de linguagem e, com isso, um ser com capacidade de produzir um universo simbólico que é parte inerente de sua existência.
A nossa consciência nos distingue de outras espécies e mesmo que ela tenha sido talhada pela herança filogenética, ela transcende o biológico pois depende da cultura, convivência, socialização, interpretação de símbolos, representação de eventos e da habilidade em situar o presente com base em experiências passadas.
Sabemos que nem sempre uma mulher que deu à luz uma criança é mãe.
Essa precisa ser construída na própria relação de filiação.
Sabemos que precisamos acolher, cuidar e adotar nosso filhos tenham eles chegado pela biologia ou pela adoção, então porque fazer um esforço tão grande para comparar a adoção com a biologia?
Em outras culturas pelo mundo (por exemplo Havaí, Polinésia Francesa...) o parentesco nem mesmo é considerado por laços de sangue, mas por laços culturais: adoção não "substitui a família de sangue e nem o filho nasce no coração; a adoção é simplesmente outro modo de filiação.
A capacidade humana de interagir com símbolos dispensa as similaridades físicas.
A adoção é muito mais ampla.
Ela é cumplicidade, compromisso, desejo, aceitação incondicional, inclusão do diferente, do especial e do mais velho, amor ao outro que não é nosso espelho, é da libertação das amarras do sangue e do amor construído como deve ser todo amor.
Ah... se a filiação biológica pudesse imitar a adoção.... (Lidia Weber)


Harumi Kawakubo

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

1 ano para comemorar...

No último dia 03 fez 1 ano que foi buscar o meu filhote.
Conto os detalhes em outro post...😛

O dia 03 também foi a primeira quinta do mês...  Isso significa que teve reunião do grupo de apoio.
Nesse mês o tema foi HIV. A palestrante foi a Dra Teresa Nishimoto, que atuou no combate ao vírus desde que apareceram os primeiros casos, em 1997.
Explicou as formas de contágio, e irei dedicar um post futuramente. 😊

Mas foi uma palestra ótima. A Dra tem uma didática incrível e se faz entender facilmente.

Bem, estou tentando manter o blog atualizado... Sei que não dá para atualizar todos os dias... Mas farei o possível para atualizar com uma frequência maior...🙌


Harumi Kawakubo